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segunda-feira, 31 de julho de 2017

A PARÁBOLA DA PONTE


RELATO DE EXPERIÊNCIA

A Parábola da Ponte é parte de minha dissertação de Mestrado defendida em 24 de abril de 2014 na Universidade Federal do Espírito Santo. Nela há uma proposta de como utilizar a matemática para determinar a altura do vão central da ponte de Guarapari/ES.
Pelo caminho que leva à resposta desta questão várias habilidades serão exigidas além da matemática. A História estará presente durante o levantamento histórico da construção das pontes, a Biologia quando tratarmos dos impactos ambientais gerados na construção de uma ponte, a Língua Portuguesa na redação dos textos que irão compor este blog, a Geografia na utilização de mapas e escalas, a Arte na fotografia da ponte, a Computação na utilização do CAS do Geogebra para construção de modelos matemáticos e a Engenharia e Física na aplicação dos cálculos matemáticos.
Espero que todos os envolvidos neste projeto sejam protagonistas do próprio aprendizado e que possam ao seu final perceber que a importância da Matemática em nossas vidas é muito maior que meras equações presas em um livro.
Rubens Marinho Monteiro
Prof. Me. Matemática

sexta-feira, 28 de julho de 2017

#Episódio 1 - PARABOLANDO A PONTE.

Veja como tudo começou.
A partir de ideias surgidas na aula de matemática começamos a buscar possíveis soluções para o problema da "Parábola da Ponte".
Confira a criação do grupo PARABOLANDO e o início das pesquisas no vídeo realizado pelos alunos do 3ºM01 da EEEFM ANGÉLICA PAIXÃO.


quinta-feira, 27 de julho de 2017

#Episódio 2 - HISTÓRIA DA PONTE DE GUARAPARI/ES.

A equipe do Parabolando procurando conhecer um pouco mais sobre a história da ponte de Guarapari foi bater um papo com a professora Beatriz Bueno.


A professora Beatriz Bueno é autora do livro GUARAPARI - MUITO MAIS QUE UM SONHO LINDO fruto de quase 03 décadas de pesquisa, marcados de paixão pela rica história do nosso município.



Acompanhe os principais trechos da entrevista do Parabolando com a professora Beatriz Bueno



Parabolando: Como era Guarapari antes da ponte?

Profa. Beatriz Bueno: Antes da ponte aqui só chegava-se de balsa ou canoa, pois nosso município é uma península (porção de terra que é cercada de água por todos os lados, menos por um, que se liga ao continente ou a uma outra porção de terra maior). O médico Dr. Silva Mello foi que falou de Guarapari para o mundo e era contra a construção da ponte, que tinha que preservar o centro igual a Paquetá/RJ. Ele temia que o recorte de Guarapari, que em sua opinião mais bonito que o Côte d'Azur France, fosse descaracterizado. Na época alertou que a construção de prédios na orla faria uma barreira para a brisa gostosa que vem do mar. E tudo que ele falou para não fazer, isso foi feito.
A primeira ponte era estreita e mão e contramão, foi construída na gestão do prefeito Durval de Carvalho, as obras iniciaram em janeiro de 1951 e sua inauguração em maio de 1952. Em sua construção fizeram um aterro das Ilhas das Gaivotas a Muquiçaba e com isso ficou impossível à entrada de navios na cidade, acabando com o porto mais importante ao sul de Vitória/ES. O canal perdeu a profundidade, pois a água perdeu o volume e a força não conseguindo mais empurrar os detritos para o alto mar.

Parabolando: E quais os principais impactos sociais com a construção da primeira ponte?

Profa. Beatriz Bueno: Com a construção da primeira ponte o acesso a Guarapari ficou mais fácil e na mesma época os estudos do Dr. Silva Mello, publicados em diversas revistas do Brasil e do mundo, divulgavam as propriedades da radioatividade das areias monazíticas para a saúde fazendo que muitas pessoas viessem morar em Guarapari.
Muitos imóveis, principalmente da orla, que originalmente eram da colônia de pescadores foram vendidos para a construção civil e a população nativa acabou empurrada para a periferia da cidade desarticula-se uma produção cultural muita rica de nossa cidade.

Parabolando: A rota marítima influenciou em como foi definida a altura da ponte?

Profa. Beatriz Bueno: Acho que não. Ela é baixa e não permite o tráfego de navios e escunas.

Parabolando: Porque foi designada a construção da segunda ponte?


Profa. Beatriz Bueno: O rápido aumento da população de Guarapari. O engarrafamento era constante. Hoje elas (as pontes) já estão obsoletas.

Parabolando: Em seu livro a senhora relata sobre a travessia de balsa. E com a construção da ponte o que mudou?

Profa. Beatriz Bueno: Com a ponte o acesso ficou mais fácil. Havia até uma separação da elite de Guarapari que morava no Centro com a população mais humilde que morava em Muquiçaba.

Parabolando: Uma frase para definir a ponte de Guarapari.

Profa. Beatriz Bueno: Ela trouxe um progresso que não foi tão bom para a cidade. Não houve critérios. Esse foi o grande problema, a falta de critérios para determinar o que pode ou não ser feito. Há leis que impedem a construção de prédios na orla com mais de 4 andares, mas não é respeitada. Perdemos muito por falta de conhecimento, é preciso ter conhecimento, conhecimento é poder!

Fotos (Arquivo Pessoal)

 





Saiba mais sobre a construção da ponte de Guarapari visitando a página do Guarapari Memória no Facebook.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

#Episódio 3 - A PONTE E O ECOSSISTEMA.

A equipe do Parabolando em busca de mais informações sobre a ponte de Guarapari foi conhecer um pouco mais do ecossistema em que está inserida. Os alunos puderam aprender sobre o universo de plantas e animais que compõem o manguezal e, desta forma, despertar a consciência dos cuidados com a natureza e com o meio em que vivemos.
Sob a orientação dos professores Rubão e Nocera (Matemática) e o prof. Saulo (Biologia) os alunos tiveram a oportunidade de relacionar os conhecimentos adquiridos em sala de aula com a prática vivenciada no campo.
Confira os melhores momentos dessa aventura no vídeo a seguir:




Confira a galeria de fotos do passeio que movimentou a equipe do Parabolando.
Foram 3 quilômetros de muita diversão da ilha de São Pedro até a prainha de Olaria pelo canal de Guarapari à bordo da Escuna Pérola Negra.
















terça-feira, 25 de julho de 2017

#Episódio 4 - QUAL A ESCALA DE UMA FOTO?

Durante nossa exploração de barco pelo Canal de Guarapari tivemos a oportunidade de bater uma foto frontal da ponte.



Com a foto da ponte em mãos, precisamos agora determinar a escala de redução aplicada na foto. Na Geografia estudamos que escalas são muito utilizadas em mapas e projetos. 
Pedimos a ajuda do nosso professor de Geografia Gilmar sobre como calcular a escala de uma foto. Vem com agente em mais um episódio de Parabolando:



Depois da ajuda do prof. Gilmar entendemos que para obter a escala da foto da ponte precisamos calcular a razão entre a medida da largura do canal na foto (l) e a sua medida real (L).
Com o auxílio do software Google Earth encontramos a largura do canal (L) e selecionando a ferramenta "Adicionar Caminho" medimos a largura, do canal sob a ponte, necessária para o cálculo da escala da foto.




Com a medida real da largura do canal (L= 80,3 m) e a medida da largura do canal na foto  (l= 15,14 cm) podemos definir a escala da foto. Veja os cálculos a seguir:


Isso significa que a imagem da ponte foi reduzida em aproximadamente 530 vezes.
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